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Como o assédio afeta a saúde mental dos trabalhadores?

O assédio, seja ele moral ou sexual, tem impactos na saúde física e mental do trabalhador.

A prática do assédio moral ou do assédio sexual, além dos transtornos físicos, pode gerar na vítima quadros de ansiedade, depressão, tristeza, baixa autoestima, irritabilidade entre outros, afetando o bem-estar do trabalhador.

Relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde aponta que, pesquisadores do Fórum Econômico Mundial calculam que os impactos econômicos, no ano de 2010, relacionados a saúde mental foram de aproximadamente US$2,5 trilhões, incluindo perda de produtividade, no valor aproximado de US$1,7 trilhão e custos com assistência no importe de US$0,8 trilhão.

Até 2030, estima-se que esse custo chegue a US$6 trilhões. Só com ansiedade e depressão estima-se que as perdas são de US$1 trilhão, todos os anos, incluindo absenteísmo, presenteísmo e rotatividade. (World Mental Health Report/OMS).

Pesquisa global sobre as experiências de violência e assédio no trabalho, realizada pela Organização Internacional do Trabalho, Fundação Lloyd’s Register e o Instituo Gallop, aponta que 1 em cada 5 pessoas empregadas já sofreu violência psicológica e assédio no trabalho durante a sua vida profissional. E quando falamos em assédio sexual, 1 em cada 15 pessoas já sofreram alguma experiência de assédio ou violência sexual durante sua vida profissional.

Mas o que podemos fazer para mudar essa realidade?

1.Investimento na promoção, prevenção e cuidados relacionados à saúde mental

Palestras, treinamentos e campanhas de conscientização relacionados a inteligência emocional podem ajudar a melhorar as relações de trabalho e a reduzir casos de depressão e ansiedade no ambiente de trabalho.

Os impactos positivos dos investimentos em saúde emocional superam em muito o valor investido. As Filipinas, por exemplo, passou a investir na aprendizagem emocional e social nas escolas, sendo que de cada 1 dólar investido, o retorno é de 9,5 dólares, restando evidente os benefícios de tais investimentos.

2. Liderança humanizada

Desenvolver a liderança humanizada entre os gestores, permite que os líderes tenham mais empatia e solidariedade com a equipe, o que aumenta o engajamento, diminui as situações de assédio e aumenta a produtividade dos colaboradores.

Ambiente de trabalho hostil ou com assédio moral institucionalizado adoece os trabalhadores e consequentemente reduz sua produtividade, afetando diretamente os resultados da equipe e da organização.

3. Tolerância zero com assédio moral e assédio sexual

Estabelecer uma política clara de tolerância zero ao assédio moral e sexual, investir em treinamentos, canal de denúncias e desenvolvimento de líderes e gestores é importante para redução dos casos de assédio e consequentemente dos impactos na saúde mental dos empregados.

Portanto, investir em saúde mental e conscientização em relação ao assédio reduz os custos econômicos gerados pelos afastamentos e rotatividade e incrementa a produtividade dos colaboradores, pois a empresa que propicia um ambiente de trabalho com segurança psicológica, cria uma ambiente mentalmente mais saudável e estável aos seus colaboradores.

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